Categoria: Livros ||| por Adriana Cecchi
“Um novo terror nascido na morte, uma nova superstição
entrando na fortaleza inexpugnável da eternidade.”
Escrito em 1954, Eu Sou a Lenda, de Richard Matheson, é considerado um dos maiores clássicos do horror e da ficção científica. Uma obra com muitos lados e que desperta muitas reflexões sobre vida, morte, existência e sobrevivência.
Uma praga assola o mundo e transforma cada ser vivente em criaturas da noite sedentas por sangue. O ano é 1976, Robert Neville pode ser o último homem na Terra. Ao que parece ele é o último sobrevivente de uma pandemia devastadora que tirou a vida de todos nesse cenário pós-apocalíptico.
Qual a motivação para continuar existindo? Qual a razão para querer viver?
Assista ao conteúdo completo no YouTube: EU SOU A LENDA (Richard Matheson) 🩸: HORROR EXISTENCIAL e o MITO DO VAMPIRO
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Terror psicológico para desgraçar a cabeça: Sombras do Passado (Resurrection), dirigido por Andrew Semans e disponível no Telecine.
Margaret (Rebecca Hall), vive uma rotina disciplinada e está no controle de sua vida. Equilibra perfeitamente a vida profissional e pessoal, a maternidade solo com sua filha Abbie (Grace Kaufman).
Porém esse cuidadoso equilíbrio desmorona quando Margaret avista um homem que parece conhecer e fica completamente atormentada. O homem em questão é David (Tim Roth), uma sombra de seu passado, alguém que desperta sensações tenebrosas às suas memórias e ela começa a vê-lo outras vezes em lugares diferentes.
Margaret transmite ser confiante, disciplinada, gentil, atenciosa, inteligente, bem-sucedida. E realmente é. Essa é uma de suas camadas, a camada externa. Basta um estalo que essa camada pode ser removida como uma casca.
O desenvolvimento da produção é bastante psicológico. Um filme incômodo e perturbador que vai incomodar e perturbar de formas diferentes sem pedir muita licença.
Assista ao conteúdo completo no YouTube: SOMBRAS DO PASSADO (Resurrection) 🤯: o DESMORONAMENTO do CONTROLE e um paralelo com TOC
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Instiga e repele, a personagem-narradora sabe conduzir o leitor entre opostos enquanto faz exposições íntimas, sem filtros, cínicas, divertidas e moralmente duvidosas.
Escrito pela Andrea del Fuego e publicado pela Companhia das Letras, A Pediatra é um livro curto, porém poderoso em sua escrita que fisga o leitor com todas as opiniões socialmente polêmicas, contradições e irreverências de Cecília.
Cecília é uma pediatra canalha que não se apega a nada, não tem paciência com criança, despreza o sofrimento materno, abomina partos humanizados e polemiza a maternidade. Choca e fascina em paralelos.
Com um ritmo devorável, somos levados para dentro da vida de Cecília, acompanhamos as formas com que ela conduz o seu trabalho e as estratégias que cria para se desvencilhar de vínculos em sua profissão e demais relações de afeto.
Assista ao conteúdo no YouTube: A PEDIATRA (Andrea del Fuego) 💊: ESQUIVA DO AFETO, CINISMO e SENSO MORAL
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