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25maio

“Some people never go crazy.
What truly horrible lives they must lead.”

10 Lições de Charles Bukowski

  1. “Você tem que morrer algumas vezes antes de realmente viver.”

O fácil e o difícil da vida: viver. O ciclo cair, levantar, cair de novo e levantar de novo é constante. Uma hora tudo estará tudo bem e outra hora não estará mais. Sempre reforço o “tudo vai passar”. E passa mesmo. Nada dura pra sempre, nem a alegria, nem a tristeza. Para estarmos vivos, temos que morrer um pouquinho. Precisamos passar por coisas que nem sempre são agradáveis para realmente aprendermos a viver.

 

  1. “Nunca me senti só. Gosto de estar comigo mesmo. Sou a melhor forma de entretenimento que eu posso encontrar.”

É possível se sentir sozinho estando rodeado de gente e é possível estar só sem se sentir solitário. Buk apreciava a solidão, apreciava estar só, apreciava isolar-se nos momentos certos. O desespero para “estar com alguém” beira, de fato, a repugnância. Antes de tudo e todos, precisamos apreciar a nossa própria companhia. Afinal, somos nós mesmos que iremos aturar até o fim da vida.

 

  1. “Qualquer problema que você tiver comigo, é seu.”

Todinho seu, meu amor. Você fica preocupado com o que o outro diz ou pensa sobre você? A vida é tão curta pra isso, poxa, e Bukowski mostra o quanto ele tava ligando pra opinião alheia: um total de zero importância. Se não estamos devendo nada, então também não devemos nos importar com nada. Problemas, em grande parte, são passageiros e bobos, deixa pra lá.

 

  1. “Nunca espere demais, da sorte ou dos outros, no fim não há quem não decepcione você.”

Eu nunca acreditei em sorte, talvez, ligeiramente no azar. Esperar algo do outro é quase ter a certeza de que irá se frustrar. Ninguém tem que lidar com as nossas expectativas, por vezes, caprichos. Colocar todas as suas expectativas e frustrações em alguém não vai te trazer alegria, apenas decepção.

charles-bukowski-frases

  1. “‘Nunca vi ninguém aguentar a agulha com tanta frieza’. Ora, isso não é valentia. Se o sujeito aguenta, alguém cede. É um processo, um ajuste. Mas não existe maneira de se acostumar com a dor mental. Fico longe dela.”

A dor física é sempre superável. A gente aguenta, a gente se acostuma e pede pra bater mais forte. “A dor já faz parte do total”, citando Dead Fish. Já a dor mental, os incômodos, as crises, as agonias, esses dão trabalho. Mas quanto mais a gente leva, mais a gente caleja, seguimos. Se tem uma coisa que a vida me ensinou é que eu aguento o tranco, pelo menos até agora.

 

  1. “Se você vai tentar, vá até o fim, caso contrário, nem comece.”

Autoexplicativa, mas também cabe em outra frase dele: “Se você não jogar, jamais irá vencer”. Comece e termine, só assim a experiência poderá ter valido de alguma coisa. Não tem como viver de metades. Se for pra ser de qualquer jeito, é melhor ficar onde está.

 

  1. “A diferença entre a Arte e a Vida é que a Arte é mais suportável.”

A única coisa que eu consigo comentar sobre: amém.

 

  1. “As pessoas em geral são muito melhores por cartas que em carne e osso. Elas se parecem muito com os poetas.”

Sabe todas as suas expectativas em relação às pessoas? Jogue-as fora. Esqueça. Suas expectativas, provavelmente, não serão atendidas. Alguns tendem a ser mais corajosos – em diversos aspectos – no papel, eu mesma sempre achei só conseguia me expressar através das palavras. Olho no olho, a coisa muda de figura.

 

  1. “Bem, todos morrem um dia, é simples matemática. Nada de novo. A espera é que é um problema.”

A única certeza da vida e, mesmo assim, não estamos preparados para ela: a morte. Ela nunca é fácil, pelo menos não para a maioria. Nos pega de surpresa e nos arrebatada, porém é a lei da vida e não podemos paralisar diante de sua chegada, seja em qual circunstância for. É preciso estar vivo para morrer, sim, mas também sabemos que a respeito deste medo universal, só falar é fácil, não é?

 

  1. “O cinismo é a debilidade que evita que nos ajustemos ao que acontece no momento. O otimismo também é uma debilidade: ‘O sol brilha, os pássaros cantam, sorria.’ Isso é uma merda igual. A verdade está em algum ponto entre os dois. O que é, é. Se você não está disposto a suportar a verdade, dane-se!”.

“O que é, é.” E assim será, quem sabe, sempre. Buk nunca foi dos mais otimistas, invejo quem seja (ou não). O cinismo – como doutrina filosófica – despreza as convenções sociais e pega as vantagens de uma vida simples e natural, pregando o autocontrole e autonomias individuais. Depois dessa não falo mais.

Pessoas

Bônus pra quem ama gatos <3 “Ter um bando de gatos por perto é bom. Se você está se sentindo mal, é só você olhar para os gatos e vai se sentir melhor, porque eles sabem que tudo é, tal como é. Não há nada para ficar animado. Eles apenas sabem. Eles são salvadores. Quanto mais gatos você tem, mais tempo você vive. Se você tem uma centena de gatos, você vai viver dez vezes mais do que se você tem dez. Algum dia isso vai ser descoberto, e as pessoas terão mil gatos e viverão para sempre. É realmente ridículo.” Veja mais aqui no blog sobre: escritores e gatos.

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20maio

JESUS CHAPADO!

Stoned Jesus

A banda ucraniana Stoned Jesus se apresentou em São Paulo no último sábado, dia 14 de maio, no Inferno Club e a única coisa que consigo dizer é: que show!

Pela primeira vez no Brasil, Stoned Jesus entrou em turnê pela América Latina e incluiu três cidades brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo e Florianópolis sob o comando da Abraxas.

O show foi enérgico e a banda demonstrou dinâmica tanto no palco como com o público, sendo muito simpática do início ao fim da apresentação.

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“Stoned Jesus é uma banda de stoner metal
com referências de doom, prog metal e rock setentista”

Com Rituals of the SunThe Harvest, Stoned Jesus deu início ao show da melhor maneira, prendendo a atenção dos fãs com os arranjos e pegada “obscura”, tradicional da banda. Na sequência, Stormy MondayBright Like the Morning, que é uma grande queridinha minha, ambas do álbum Seven Thunders Roar de 2014 (ouça no Spotify).

Talvez o momento que a maioria estava esperando, I’m the Mountain! A música tomou conta do público e foi bonito de ver todos os elementos característicos da banda ao vivo, pouco mais de dez minutos de puro prazer e apreciação.

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Black Woods (ouça no youtube) é uma das minhas favoritas e quando ouvi os primeiros riffs entrei em êxtase. A música tem um baixo marcante e lembra muito Black Sabbath.

In this darkness, in this gloom
Dwells the master of my doom
If i follow all the rules
He will take me to his black woods
Oh, yeah

Ao meu ver, Electric Mistress foi a música que causou maior euforia na noite pelo ritmo mais frenético e rápido. Para finalizar, YFSHere Come the Robots, ambas do último álbum The Harvest de 2015 (ouça no Spotify).

STONED JESUS, o “Jesus Chapado”: Igor (vocais e guitarra), Viktor (bateria) e Sergii (baixo).

A abertura ficou por conta das bandas Hierofante e Saturndust.

Setlist Stoned Jesus SP 2016

Rituals of the Sun
The Harvest
Stormy Monday
Bright Like the Morning
I’m the Mountain
Black Woods
Electric Mistress
YFS
Here Come the Robots

Um muito obrigada às bandas pelo belo espetáculo e à Abraxas pelo evento! :)

> Acompanhe a Abraxas no Facebook: Abraxas Eventos

Mais fotos, por Flávio Santiago:

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17maio

“Toda criatura viva neste planeta morre sozinha.”

Donnie Darko

Quem me acompanha nas redes sociais e no canal RDM sabe o quanto eu sou fascinada/obcecada pelo filme Donnie Darko e o quanto eu estava esperando por esse lançamento da editora Darkside Books.

O livro não inspirou o filme e o livro também não é a novelização do filme. O livro é, de fato, o filme.

Você acredita em viagem no tempo?

Livro

Esquizofrenia, sonambulismo, turbina de avião, números, vovó morte, viagem no tempo e um coelhão macabro, qual o significado de tudo isso? 

Assisti ao filme uma, duas, cinco, dez e perdi as contas de quantas vezes mais. Nesse post não vou falar sobre a história, fiz um vídeo entendendo Donnie Darko para quem quiser se aventurar nas teorias junto comigo, para assistir é só clicar no link :D

28 dias 06 horas 42 minutos 12 segundos

Lateral

Prefácio

O prefácio é de Jake Gyllenhaal – o próprio Donnie Darko – e o ator diz que se diverte quando uma pessoa pergunta sobre a filosofia por trás do filme pra ele e que toda vez responde “não faço ideia, o que você acha?”. Que parece ser uma resposta muito simples para um filme desconcertantemente complexo, mas que todas as respostas se encontram no mesmo ponto: o ponto do que as pessoas aceitam como verdade e é isso que diferencia uma mente da outra.

Perguntas

Quase 60 páginas de entrevista com o criador de Donnie Darko, Richard Kelly, feita por Kevin Conroy Scott. O diretor fala sobre sua vida, família, formação acadêmica e sobre todas as dificuldades que teve para lançar o longa.

“Escrever pode ser uma profissão solitária, então quando não estou escrevendo,
preciso estar cercado de gente.”

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