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30set

A piedade não é natural ao homem. Crianças são sempre cruéis.
Selvagens são sempre cruéis. A piedade é adquirida e aperfeiçoada pelo cultivo da razão
.
– Samuel Johnson

Crianças cruéis. Bem cruéis mesmo. Crianças que matam e não sentem remorso. O que origina a maldade? Quais são as motivações infantis para cometer crimes?

Precisei de um tempo para digerir Fábrica de Vespas, de Iain Banks, depois da leitura.

Fábrica de Vespas

Fábrica de Vespas

O livro é pesado durante toda sua narrativa, mas, no final, ele simplesmente te desconcerta. Criei algumas teorias (não me orgulho de nenhuma) para o fim do livro no qual Frank, um garoto de 16 anos, conta sua história em primeira pessoa.

Aos 8 anos, Frank matou seu irmãozinho Paul, de 5. Susto seria, se essa não fosse a segunda morte dele. Dois anos antes ele já tinha matado outra criança. Além disso, Frank, encontrou uma maneira de canalizar suas frustrações: praticando atos de crueldade, torturando e matando animais.

O que Frank é? O que Frank tem?

Fiz um vídeo falando sobre Fábrica de Vespas e indicando mais três outros livros com crianças más, veja:

SORTEIO KIT FÁBRICA DE VESPAS

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Fábrica de Vespas

Fábrica de Vespas

 

SENHOR DAS MOSCAS, William Golding

Um dos meus livros favoritos – fiz uma resenha em vídeo sobre Senhor das Moscas (assista no YouTube) – conta a história de um grupo de garotos que estão perdidos em uma ilha desconhecida e deserta sem nenhum adulto ou figura de autoridade. Religião, política, filosofia, ordem e razão ganham fortes símbolos nesta obra de Golding.
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4 livros crianças cruéis

 

QUANDO OS ADAMS SAÍRAM DE FÉRIAS, Mendal W. Johnson

Bárbara, uma moça de 20 e poucos anos, vai pra casa dos Adams afim de fazer um bico como babá dos dois filhos do casal. O que ela jamais imaginaria é que acordaria amarrada e amordaçada por elas e outros três amigos. O jogo intitulado Liberdade 5, criado pelas cinco crianças, é torturar e torturar a pobre babá. A maldade por prazer. Cenas extremamente fortes causarão repulsa do começo ao fim.
Livro no Skoob

Quando os Adams Saíram de Férias

 

MENINA MÁ, William March

A garotinha Rhoda é um amor de criança! Aos 8, é um exemplo de  filha obediente, estudiosa, comportada e carinhosa. Em contrapartida, Rhoda tem um outro lado obscuro, o lado frio, calculista e extremamente ruim. Sua bondade é totalmente manipuladora e perversa. Fiz uma resenha sobre Menina Má e um vídeo falando sobre o filme baseado nesta obra, A Tara Maldita (assista no YouTube).
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Livros crianças cruéis

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05set

Arctic Monkeys – You’re So Dark

De acordo com o dicionário, morbidez é a manifestação de fascínio com assuntos considerados sinistros ou trágicos, como por exemplo a morte. Não sei quanto a vocês, mas eu sou constantemente chamada de “mórbida” pelas pessoas. Assim, não nego.

3 livros e uma dose de morbidez

Sorte minha não estar sozinha nesse mar mórbido e vamo nessa desmistificar tabus.

Veja também: minha coleção Crime Scene e Livros sobre Psicopatas

Minha última leitura fez com que esse post surgisse, a seguir, 3 dicas de livros para quem tem um gostinho ligeiramente peculiar.

CONFISSÕES DO CREMATÓRIO

Um livro para quem planeja morrer um dia

Confissões do Crematório

“Embora você possa nunca ter ido a um enterro, dois humanos do planeta morrem por segundo. Oito no tempo que você levou para ler essa frase.” E é assim que Caitlin Doughty inicia o capítulo “Palitos de Dente em Gelatina” no livro Confissões do Crematório, a minha última leitura e lançamento caprichado da DarkSide Books.

Caitlin Doughty é agente funerária, escritora e tem um canal no YouTube, em Smoke Gets in Your Eyes (Confissões do Crematório), a autora relata diversas memórias da época em que trabalhou em um crematório, todas com bom humor sobre a morte e as práticas da “indústria da morte“.

O livro reúne histórias reais do dia a dia de uma casa funerária, inúmeras curiosidades e fatos históricos, mitológicos e filosóficos. Caitlin começou a trabalhar no crematório aos 23 anos e, ao mesmo tempo em que barbeava e incinerava cadáveres, tirava lições de vida com a morte, irônico, não é mesmo? Enquanto varre as cinzas das máquinas de incineração ou explica com o que um crânio em chamas se parece, ela desmistifica a morte para si e para seus leitores.

Confissões do Crematório

Confissões do Crematório

“Eu me tornei funcionalmente mórbida, obcecada pela morte,
por doenças e por trevas, mas ainda era capaz de passar
por uma estudante quase normal.”

Enquanto a maioria das pessoas preferem evitar pensar em morte e/ou ver corpos mortos, a autora compartilha o seu fascínio e como foi o seu primeiro encontro direto com a morte, ainda era criança, viu outra menina cair de uma altura de 10m de uma escada rolante. O som da queda, o baque terrível, ficou em sua memória e se repetiria por um bom tempo. Durante sua infância considerava apenas um “batuque”, hoje explica que esses baques são chamados de sintomas de síndrome de estresse pós-traumático.

“Somos animais glorificados que comem, cagam e estão fadados a morrer.
Não somos nada mais do que futuros cadáveres.”

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