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18set

“As relações humanas simplesmente
não são duráveis.”

O Amor É Um Cão Dos Diabos, de Charles Bukowski, publicado em 1977, sob o título original de Love Is a Dog from Hell, é um dos livros de poesia mais conhecidos do autor. Como a prosa, cada poema de Charles Bukowski corta como aço de navalha. Ele expõe as vísceras da realidade, revolve o cotidiano, e, de onde nem se pensa que sairá um poema, brotam versos de pura genialidade.

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Fiz uma resenha de O Amor É Um Cão Dos Diabos em vídeo para o meu projeto pessoal Livros de Bukowski, veja:

Separei alguns trechos que mais me chamaram a atenção durante a leitura para compartilhar aqui no blog :)

TRECHOS E FRASES DE O AMOR É UM CÃO DOS DIABOS

“(…) com isso, me levantei, me limpei, dei a descarga e então pensei: é verdade: eu sei como amar.” (eu; p.32)

“As relações humanas simplesmente não são duráveis. Pensei nas mulheres que passaram por minha vida. Elas parecem inexistentes.” (a furadeira; p.38)

“E se você tem capacidade de amar, ame primeiro a si mesmo, mas esteja sempre alerta para a possibilidade de uma derrota total, mesmo que a razão para essa derrota pareça certa ou errada – um gosto precoce da morte não é necessariamente uma coisa má. Fique longe de igrejas e bares e museus, e como a aranha seja paciente – o tempo é a cruz de todos, mais o exílio, a derrota, a traição, todo este esgoto. Fique com a cerveja. A cerveja é o sangue contínuo. Uma amante contínua.” (como ser um grande escritor; p.92)

“Beba mais cerveja. Há tempo. E se não há está tudo certo também.” (como ser um grande escritor; p.93)

“(…) e ninguém encontra o par ideal, mas seguem na procura rastejando para dentro e para fora dos leitos. A carne cobre os ossos e a carne busca muito mais do que mera carne.” (sozinho com todo mundo; p.96)

“Se pudesse posicionar aquele velho canhão contra eles e fazê-lo funcionar, eu o faria. Eles me enojam.” (sinais de trânsito; p.107)

“Não escrevo a partir da sabedoria. Quando o telefone toca eu também gostaria de ouvir palavras que pudessem aliviar um pouco alguma dessas coisas. É por isso que meu nome está na lista.” (462-0614; p.109)

“E você me inventou e eu inventei você e é por isso que nós não damos mais certo.” (camas, banheiros, você e eu…; p.129)

“Sou escritor de vez em quando, eu digo, na maior parte do tempo eu não faço nada.” (como você não está fora da lista; p.149)

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02set

– Chamai-me Ismael!

Depois de Espadas e Bruxas e Cannon, a editora Pipoca & Nanquim lançou o terceiro título de seu catálogo: Moby Dick, a graphic novel do autor francês Christophe Chabouté, baseado no clássico livro de Herman Melville.

A emblemática primeira linha do romance Moby Dick é uma das mais famosas aberturas da literatura mundial. Sua simplicidade, com um grau de mistério e tensão, dá o tom do que virá a ser o conjunto dessa espetacular narrativa, em que a obsessão de um homem leva todo um grupo de pessoas à ruína.

Em Moby Dick, Chabouté conserva o texto original e irretocável de Herman Melville. Uma verdadeira obra de arte, estruturação perfeita e extremamente fiel ao livro original. A reconstrução de época, o ritmo narrativo, a caracterização física e psicológica de todos os personagens… cada quadro desta obra foi cuidadosamente pensado para ser um componente de um todo tão belo quanto insondável, mas também para funcionar como uma pequena maravilha por si só.

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Falei sobre o impacto que histórias que envolvem o mar têm sobre mim em vídeo:

Algumas fotos desta edição maravilhosa:

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01set

“Cada um leva consigo sua história, pensei.
Ninguém é inteiramente ele mesmo.”

No Mar, escrito em 2011 pelo holandês Toine Heijmans, publicado pela editora Cosac & Naify em 2015, sob o título original de Op zee, é o romance de estreia do autor e jornalista. Foi traduzido para diversos idiomas e adaptado para o cinema na Holanda.

Pouco mais de 150 páginas com uma história arrebatadora cheia de reflexões e existencialismo.

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Separei alguns trechos que mais me chamaram a atenção durante a leitura para compartilhar aqui no blog :)

TRECHOS E FRASES DE ‘NO MAR’

“Sobrevive-se graças à rotina. Quando algo não vai bem, é melhor saber exatamente onde cada coisa está. Sem rotina, os pensamentos tropeçam um nos outros. Pensa-se em tudo ao mesmo tempo.” (p.10)

“Me perguntei se seria mesmo uma boa ideia, três meses totalmente sozinho no mar. E seria seguro? Eu tinha lido livros, relatos de velejadores solitários que voltavam diferentes do que quando partiram. Alguns tinham enlouquecido. Outros não conseguiam mais parar de velejar e nunca mais voltaram para casa.” (p.39)

“Comecei a gostar de estar sozinho. Das noites, das luzes, das horas frias entre a meia-noite e as quatro da manhã. O turno do cão. Das ancoragens nas baías sem outros barcos. Das conversas comigo mesmo e com meu veleiro.” (p.41)

“Dei o nome de Ishmael ao meu veleiro em homenagem ao personagem principal de Moby Dick. Ishmael é aquele que no final sobrevive a tudo. (…) Na minha opinião, Moby Dick é o livro mais bonito já escrito sobre um barco e sua tripulação. Por isso usei o nome.” (p.62)

“Durante três meses eu tinha buscado tranquilidade no mar. Mas não consegui realmente encontrar calma. As pessoas com que cruzei no caminho me faziam lembrar do pessoal do escritório. Todo porto e toda ilha estavam cheios de gente. Não tinha como escapar.” (p.68)

“Além disso, cada milha que eu velejava me levava para mais perto do mundo do qual eu fugira.” (p.68)

“Cada um leva consigo sua história, pensei. Ninguém é inteiramente ele mesmo.” (p.87)

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