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28out

Um corpo flutuante é uma figura comum ao espiritual, à arte e ao imaginário popular. Na literatura e no cinema, principalmente de horror, pessoas levitam em um ápice sobrenatural. Do divino ao maligno, as elevações podem conter diversas representações e pesos visuais nas narrativas, seja uma ascensão pessoal ou algo que faça sentido à trama (força sobre-humana, magia, etc.).

Infelizmente eu não consigo levitar, mas como uma grande apreciadora de filmes de terror, aqui vão algumas cenas marcantes de mulheres levitando no cinema:

Saint Maud (2019)
O Exorcista (1973)
A Bruxa (2015)
Garota Infernal (2009)
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03ago

Uma dose de terror gostoso com um assunto em comum: GRUPO DE AMIGOS e PARANOIA! Todos os filmes estão disponíveis no Prime Video — Amazon Prime: teste GRÁTIS por 30 dias.

Terror gostoso é uma “categoria” criada por mim para identificar literalmente filmes de terror gostosos de assistir. Daqueles que trabalham a tensão psicológica do começo ao fim. Bons filmes de terror para assistir, imergir, distrair e entreter. Sabe aquele terror que vale a pena preparar uma pipoquinha, apagar as luzes e mergulhar no filme? É O TERROR GOSTOSO!

Na lista, 5 filmes de terror gostoso para assistir no Prime Video:

1. VERÃO DE 84 (2018)

A história segue um grupo de amigos adolescentes no período de férias no Verão de 84. O aumento de casos de crianças desaparecidas somado ao tédio de Davey (Graham Verchere), Woody (Caleb Emery), Curtis (Cory Gruter-Andrew) e Tommy (Judah Lewis) faz com que os quatro amigos comecem uma investigação própria pelo bairro. Eles passam a reunir provas e suspeitam que um de seus vizinhos seja um serial killer. E é aquela coisa toda de que quanto mais eles investigam a vida do vizinho misterioso, mais se expõem a um possível perigo.

Não sei você, mas eu era uma criança que queria ser detetive — uma característica da maior parte das crianças que se tornaram adultos paranoicos (eu inclusa). Todo aquele lance de binóculos, walkie talkie e sair de bicicleta com uma câmera investigando o bairro. Sempre que algo tem esse enredo, tem toda minha atenção. Muitas homenagens a clássicos de terror, quem gosta da fórmula amigos adolescentes, mistério macabro no bairro, paranoia e anos 80 vai curtir! Bem gostoso de assistir e eu particularmente adorei o final.

2. O SEGREDO DA CABANA (2012)

Cinco amigos decidem passar uns dias numa cabana isolada de tudo e todos. Lá descobrem um livro antigo e macabro no porão, que começam a ler e é aí que as famosas coisas estranhas começam a acontecer. O que era pra ser uma viagem de curtição, se transforma num baita role errado. E se você pensa que já conhece ou viu essa história e que é muito chichê, espera porque essa é diferente.

O Segredo da Cabana, taí um filme que não deixa ninguém entediado e cumpre uma série de funções dentro do gênero — principalmente no viés metalinguístico, no qual fala sobre si mesmo e sobre nós espectadores também. Haja criatividade pra esse enredo, caráter inovador que beira ao deboche (amo).

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02jul

Perverso, eufórico, criativo e brutal. Sound of Violence, dirigido por Alex Noyer, deve ganhar o título em português de O Som da Violência pela literalidade do que o filme se propõe desde o início.

O Som da Violência me pegou com tudo por um motivo: sinestesia — basicamente, uma condição neurológica onde a pessoa tem um cruzamento de sensações, as combinações podem ser diversas entre olfato, paladar, visão, audição. Por exemplo: sentir o cheiro de uma música ou o gosto de uma palavra. Sendo sinestésica sempre me interessei pelo assunto e fico fascinada com representações dela na arte.

Se preferir ver ou ouvir este conteúdo, confira o vídeo no YouTube:
SOUND OF VIOLENCE e CENSOR: 2 filmes com ÊXTASES CATÁRTICOS

A história segue Alexis (Jasmin Savoy Brown) ainda criança aos dez anos de idade com deficiência auditiva testemunhando e vivenciando um evento absurdamente brutal. Esse momento despertou essa condição sinestésica nela e fez com que tivesse vontade de desbravar e entender isso através de tons, de batidas, agora adulta, Alexis estuda e trabalha com música e design de som.

Mora com Marie (Lili Simmons), amiga que apoia e acompanha Alexis em suas ideias doidinhas, mas sem saber quais as intenções e motivações por trás delas. 

Que seria encontrar cura através de sons de violência, por isso o título literal, menos de 10 minutos e fica nítido na tela o que se sente — e é um grande paradoxo como isso é explorado graficamente no filme, as cenas de violência contrapondo à sensação de prazer.

Por um motivo específico, Alexis intensifica a busca por sua obra-prima por meio de experiências de sons horríveis. Neste ponto de intensificação, temos uma questão que também ocorre em Censor (2021): ambos são filmes curtos e bastante determinados num ponto de virada para suas personagens. Não há tempo para um grande aprofundamento e acredito que isso possa incomodar algumas pessoas, o negócio é aceitar e curtir o embalo. O famigerado “aceita ou surta“, neste caso, literalmente.

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