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15ago

O tempo passa; passa e tudo volta pro lugar. Mentira, volta nada! Quem disse que voltava? A gente troca as pessoas e as coisas de posição, muda as preferências, mas, no geral, nada volta de onde saiu.
O que é pra ser, fica e, não podemos adivinhar quando, será. Será um dia, quem sabe, dê tempo ao tempo. E quem tem paciência pra isso?
Nunca achei que esperar desse certo, ou você tenta tudo ou você pega e vai embora. Arrisca ou desiste. Não, não dá pra ser tão literal, 8 ou 80 aqui não funciona, pelo contrário, machuca mais.
Então deixa como está: você aí, eu aqui, nós lá. Viver uma coisa que nunca se teve porque, aparentemente, já teve tudo. Claro que não, a gente nunca tem tudo, a gente nunca vive tudo que dá pra viver e eu acho que é isso que dá vontade de continuar. Se tivesse vivido tudo, na boa, eu não estaria aqui discutindo isto com o teclado nem com a minha cabeça. Estaria longe, e você também estaria longe.
Chaplin disse que o tempo é o melhor autor, tá certo. Pensar assim é reconfortante, como se tudo estivesse so far away e que o final do filme fosse feliz, independente do que acontecer, mas a gente sabe, não há como não saber, poxa. Tá claro-claríssimo pra quem quiser ver.
Mostra tudo que tiver pra me mostrar, mesmo distante. Eu não me importo. Não quero me importar com os fatos, e sim com o olhar que revela, com o coração que pula, com a voz que liga… A verdade embutida na história, por trás de tudo, ela tá ali e sabemos onde o roteiro vai terminar, tempo ao tempo.
A hora não é agora, ela tá errada, mas vai voltar ao normal. Então me vê duas colheres de chá de tempo, por favor.

 

Por um motivo ou outro, escrevi tudo aqui ouvindo um dos seus cds favotiros. É bom, muito bom, mas é triste, principalmente, pelo fato de cada faixa fazer muito sentido.

Adriana Cecchi

(Fonte Imagem)

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