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13jun

“Ela ainda é muito nova para entender o que aconteceu.
Em vários aspectos, ainda é uma criança inocente.”

Menina Má

O livro é de ficção, mas é muito mais real do que ousamos imaginar. Menina Má é, como o próprio nome diz, sobre uma criança má, uma criança psicopata.

Sabe o que a indústria de entretenimento faz (na maioria dos casos) de tratar crianças como seres especias, puros e ingênuos de todas as formas? Ou então de – por algum motivo – romantizar histórias com psicopatas? Pois é, em Menina Má, William March não faz nada disso e conta uma história que com certeza vai te assustar.

The Bad Seed foi publicado originalmente em 1964, fez um sucesso absurdo e agora está nas livrarias brasileiras pela editora Darkside Books. O autor William March trouxe à tona uma discussão polêmica: uma criança pode se tornar assassina por influência do meio em que vive ou existem mesmo as chamadas “sementes do mal”?

Contra capa

Quando nasce a maldade?

A questão dá margem para muitas explanações, inclusive tenho as minhas. Mas o que o autor faz aqui é trabalhar com as sementes da dúvida na sua cabeça, as respostas não estarão ao seu alcance, pelo menos, não até que termine de ler a história.

Rhoda, a pequena malvada do título, é uma linda garotinha de 8 anos de idade. Mas quem vê a carinha de anjo, não suspeita do que ela é capaz. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola? A indiferença da menina faz com que sua mãe, Christine, comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha, e sobre o seu próprio passado também.

A menina Rhoda é uma criança adorável, a filha perfeita que esbanja obediência, simpatia e afeto. Em partes. Rhoda também é dissimulada, mentirosa, fria e calculista. O desenvolvimento da personagem é fantástico, conhecemos a psicopatia, as motivações infantis e a maldade praticada por uma garota de 8 anos.

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17maio

“Toda criatura viva neste planeta morre sozinha.”

Donnie Darko

Quem me acompanha nas redes sociais e no canal RDM sabe o quanto eu sou fascinada/obcecada pelo filme Donnie Darko e o quanto eu estava esperando por esse lançamento da editora Darkside Books.

O livro não inspirou o filme e o livro também não é a novelização do filme. O livro é, de fato, o filme.

Você acredita em viagem no tempo?

Livro

Esquizofrenia, sonambulismo, turbina de avião, números, vovó morte, viagem no tempo e um coelhão macabro, qual o significado de tudo isso? 

Assisti ao filme uma, duas, cinco, dez e perdi as contas de quantas vezes mais. Nesse post não vou falar sobre a história, fiz um vídeo entendendo Donnie Darko para quem quiser se aventurar nas teorias junto comigo, para assistir é só clicar no link :D

28 dias 06 horas 42 minutos 12 segundos

Lateral

Prefácio

O prefácio é de Jake Gyllenhaal – o próprio Donnie Darko – e o ator diz que se diverte quando uma pessoa pergunta sobre a filosofia por trás do filme pra ele e que toda vez responde “não faço ideia, o que você acha?”. Que parece ser uma resposta muito simples para um filme desconcertantemente complexo, mas que todas as respostas se encontram no mesmo ponto: o ponto do que as pessoas aceitam como verdade e é isso que diferencia uma mente da outra.

Perguntas

Quase 60 páginas de entrevista com o criador de Donnie Darko, Richard Kelly, feita por Kevin Conroy Scott. O diretor fala sobre sua vida, família, formação acadêmica e sobre todas as dificuldades que teve para lançar o longa.

“Escrever pode ser uma profissão solitária, então quando não estou escrevendo,
preciso estar cercado de gente.”

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05mar

Sete contos, sete demônios e sete pecados capitais

O Vilarejo

Autor nacional, livro de terror e uma edição cheia de ilustrações fantásticas, esse é O Vilarejo, de Raphael Montes.

Sinopse:Em 1589, o padre e demonologista Peter Binsfeld fez a ligação de cada um dos pecados capitais a um demônio, supostamente responsável por invocar o mal nas pessoas. É a partir daí que Raphael Montes cria sete histórias situadas em um vilarejo isolado, apresentando a lenta degradação dos moradores do lugar, e pouco a pouco o próprio vilarejo vai sendo dizimado, maculado pela neve e pela fome.
As histórias podem ser lidas em qualquer ordem, sem prejuízo de sua compreensão, mas se relacionam de maneira complexa, de modo que ao término da leitura as narrativas convergem para uma única e surpreendente conclusão.

Edição

Prefácio

Os contos pode ser lidos em ordem ou não, funcionam de forma independente, mas também estão todos relacionados ao título da obra: o vilarejo.

Minha surpresa ao iniciar a leitura foi perceber que já havia lido alguns dos contos em outro lugar. Cada conto leva o nome de um demônio e cada demônio retrata um dos pecados capitais. A ideia de O Vilarejo, na verdade, foi originada em uma antologia da Editora Estronho em 2012, chamada VII Demônios, cujo o próprio autor Raphael Montes havia publicado de três contos que estão em O Vilarejo, juntamente com outros diversos autores brasileiros. São três livros, eu só tenho dois deles, são eles: Leviathan – Inveja; Belzebu – Gula e Luxúria – Asmodeus.

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