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14mar

Todo dia é um bom dia para intensificar uma obsessão, ainda mais se essa obsessão for por uma cineasta como Rose Glass

Nascida em 1990, Rose Glass começou a se interessar por cinema ainda jovem, com gravações caseiras. Desenvolveu seu estilo visual e narrativo ao longo de uma década dirigindo clipes musicais e curtas-metragens. Seu trabalho é caracterizado pela condução do horror que se aprofunda em temas como solidão, compulsão, desejo, repressão, identidade e transformação.

Santa Maud (Saint Maud; 2019) foi paixão à primeira (e segunda, e terceira, e…) assistida. Fiquei atônita com a jornada de uma mulher em direção ao seu próprio apocalipse, cuja busca – desesperada – por redenção se converte em uma espiral de autodestruição. Na época, minha adoração à produção rendeu um vídeo (emocionado) no youtube, que eu jamais daria play novamente. Uma revisita recente ao filme desencadeou uma vontade imensa de saborear e enaltecer o trabalho dessa mulher. Aqui estou.

CURTAS

Moths (2010)

Ficção | 11 min
🔗 Onde assistir: Vimeo

O curta é um projeto de faculdade realizado na London College of Communication. Moths revela o “convívio” entre um homem e uma mulher – a relação acontece entre paredes, mais especificamente, por meio de um pequeno buraco na parede que divide seus apartamentos. Ambos mantêm a dinâmica voyeurística de fazer algo para que o outro possa espiar, as rotinas performáticas os aproximam, mas a barreira de tijolos continua no mesmo lugar. Fetiche, desejo, expectativa, insegurança e simbolismo, uma estreia bastante interessante.

Storm House (2011) 

Ficção | 14 min
🔗 Onde assistir: Vimeo

Vivendo em isolamento absoluto, um jovem casal se comunica apenas por gestos e impulsos físicos, deixando que tais emoções e necessidades se expressem sem qualquer filtro. Nada é reprimido, ora se agridem violentamente, ora se acariciam, ora apenas se observam… Há uma constante entre o absurdo e a exposição da fragilidade de uma conexão sem comunicação

The Silken Strand (2013)

Ficção | 17 min
🔗 Trailer no Vimeo

O curta foi realizado pela National Film and Television School. The Silken Strand, numa tradução literal “fio de seda”, traz um casal cujo relacionamento gira em torno de uma obsessão por cabelos.

Room 55 (2014) 

Ficção | 22 min
🔗 Onde assistir: Vimeo

Ambientado nos anos 1950, Room 55 acompanha a jornada de Alice Lawson (Charlotte Weston) – esposa, mãe e famosa apresentadora de programas de receitas –, uma mulher rigorosamente autodisciplinada que decide passar uma noite não planejada sozinha no charmoso Clove Hotel. Com humor, erotismo e excelente produção, Rose Glass usa elementos de BDSM para abordar repressão, libertação e identidade.

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13abr

Terror psicológico para desgraçar a cabeça: Sombras do Passado (Resurrection), dirigido por Andrew Semans e disponível no Telecine.

Margaret (Rebecca Hall), vive uma rotina disciplinada e está no controle de sua vida. Equilibra perfeitamente a vida profissional e pessoal, a maternidade solo com sua filha Abbie (Grace Kaufman).

Porém esse cuidadoso equilíbrio desmorona quando Margaret avista um homem que parece conhecer e fica completamente atormentada. O homem em questão é David (Tim Roth), uma sombra de seu passado, alguém que desperta sensações tenebrosas às suas memórias e ela começa a vê-lo outras vezes em lugares diferentes. 

Margaret transmite ser confiante, disciplinada, gentil, atenciosa, inteligente, bem-sucedida. E realmente é. Essa é uma de suas camadas, a camada externa. Basta um estalo que essa camada pode ser removida como uma casca. 

O desenvolvimento da produção é bastante psicológico. Um filme incômodo e perturbador que vai incomodar e perturbar de formas diferentes sem pedir muita licença. 

Assista ao conteúdo completo no YouTube: SOMBRAS DO PASSADO (Resurrection) 🤯: o DESMORONAMENTO do CONTROLE e um paralelo com TOC

https://youtu.be/td-CU7IdbzQ

Para mais filmes e desgraçamento mental: Redatora de M

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10nov

Não haverá terror mais gostoso & perverso em 2022 do que Noites Brutais. Dirigido Zach Cregger, Barbarian (título original) era um dos filmes mais aguardados do ano e agora está disponível no catálogo da Star+.

Noites Brutais é um filme tortuoso, bruto, abrupto e muito satisfatório. São muitas as medidas, as camadas e os medos que ele nos apresenta. Conforme o tempo de tela passa, a sensação é de que vamos elencando medos, receios, pavores mesmo numa grande escalada que se aglomera numa grande massa.

A direção de Cregger mantém uma intensidade penetrante, enquanto acumula surpresas e redimensiona a tensão em situações absurdas e de diferentes formas nesse processo que vai de 0 a 100 algumas vezes durante a exibição.

Até o momento: meu terror favorito do ano! Um filme que traz muitos tipos de temores num mesmo lugar, há uma escalada de emoções entre camadas cômicas, irônicas e críticas.

Assista ao conteúdo no YouTube: NOITES BRUTAIS (Barbarian) 🏠: TERROR e PERVERSIDADE em camadas

Para mais terror gostoso e desgraçamento mental: Redatora de M

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