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09out

Vai viajar com um grupo de amigos para uma cabana no meio do nada e de quebra ler o livro dos mortos lá dentro pra evocar uns espíritos na floresta?

Groovy

Ao contrário do Ash (Evil Dead, gif acima), eu não acho que seja uma boa ideia.

Pensando nisso, resolvi fazer um vídeo com O QUE EU APRENDI COM FILMES DE TERROR:

CETICISMO TEM LIMITE!

O que não tem limite nesse mês do horror é a Darkside Books que disponibilizou um BOX TERROR VHS para sorteio aqui no blog, isso mesmo: os livros da Coleção Dissecando com Evil Dead e O Massacre da Serra Elétrica.

Para participar é bem simples, basta preencher o formulário abaixo e pronto!

a Rafflecopter giveaway

Prêmio: BOX TERROR VHS (Dois livros: Evil Dead e O Massacre da Serra Elétrica)
Sorteio: 19/11/2015
Editora Parceira: Darkside Books
*O prêmio será enviado em até 30 dias úteis.

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07out

“Havia duas pessoas na sala, mas nenhuma delas deu a menor atenção à maneira como eu entrei,
ainda que somente uma delas estivesse morta.”

O Sono Eterno

1. AUTOR

“O Sono Eterno” foi o primeiro livro de Raymond Chandler (1988 – 1959), o mestre da literatura policial noir – publicado em 1939 – tornou-se uma referência para todas as histórias policiais que surgiriam a partir de então, especialmente no que diz respeito ao estilo da escrita e nas atitudes que atualmente são características do gênero.

2. GÊNERO

Numa tradução literal, literatura noir é como os franceses – fãs do gênero – batizaram a famosa literatura “negra” surgida na década de 40 nos EUA. Eram romances policiais que fugiam à tradição de um gênero baseado num modelo alicerçado no tripé “crime – dedução/investigação – descoberta do culpado”.
O romance noir é facilmente reconhecível: o cenário urbano, a rede de crimes, a violência física e nos diálogos, capangas durões, policiais corruptos, “mulheres fatais” e claro, a figura emblemática do detetive particular de caráter irônico e atitudes levemente questionáveis. Muito mais do que um interessante quebra-cabeça criminal, aproximou-se da grande literatura e produziu algumas obras primas da literatura universal em todos os tempos.

Chandler

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31ago

A linha tênue entre deixar de ser leitor e tornar-se um personagem. É assim que defino Até o Dia em que o Cão Morreu, de Daniel Galera em apenas uma frase.

Daniel Galera

Um livro sobre indiferença.

No primeiro romance de Galera, Até o Dia em que o Cão Morreu (2003) conta a história de um homem de 25 anos e que, depois de formar-se em Letras e viajar, decide morar sozinho, vivendo uma vida isolada num apartamento sem móveis e sem ambições.

Vivendo de subempregos e, por que não, de pura sobrevivência, o protagonista sem nome prefere se isolar emocionalmente de todos ao seu redor. Ele mal fala com o porteiro, vê os pais uma vez por semana, e olhe lá.

“Me dava agonia ver alguém se preparando constantemente
pra começar a viver. Eu não conseguia fazer isso.
Parecia bem mais adequado permanecer exatamente onde eu estava,
aceitando que minha vida era aquilo mesmo.” (p. 24)

Personagem sem grandes expectativas, sem grandes movimentações. Assim, apático. “Nada tenho, mas tudo bem”, o famoso “tanto faz, como tanto fez”, cheguei a pensar nos rumos em que a história poderia tomar se seguisse um “padrão clichê”, mas passou bem longe disso.

Resenha: Solitário, sem dinheiro e entendiado em Porto Alegre, um homem ancorado numa adolescência tardia vive um impasse: quando um cachorro e uma modelo chamada Marcela entram em sua vida, ele precisa optar entre um cotidiano sem riscos emocionais e a instabilidade das paixões que se anunciam. (COMPANHIA DAS LETRAS)

Ele encontra um cachorro pela rua (ou será que é o cachorro que o encontra?) e demonstra sua apatia: se o cão quiser ir com ele, que vá, se não, tudo bem também. O cão o acompanha até o prédio e seu apartamento. O cachorro não é dele, é da vida, é livre, se quiser ir embora, ele vai. Então, percebemos que essa atitude que ele tem com o cachorro é quase que metafórica, é uma atitude que ele tem com quase todas as coisas de sua própria vida. As coisas acontecem – ou não – e ele não faz questão de se apegar, não cria vínculos.

O cão não tem nome e assim fica – porque ele não vê necessidade em nomear o cão – até o dia em que Marcela o questiona sobre tal fato e faz o homem dar de vez um nome para o vira-lata: Churras! Marcela é uma modelo que ele conheceu em uma festa e é totalmente seu oposto: cheia de sonhos, cheia de planos e cheia de vida. Os dois têm uma sintonia sexual muito boa, mas vivem uma relação sem regras e sem compromisso – como era de se esperar com toda a apatia do personagem principal.

Até o dia em que o cão morreu

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