Categoria: Desgraçamento Mental ||| por Adriana Cecchi
Relógio com ar de sarcástico, tira uma com a sua cara quando te lembra que a vida é curta e que cada minuto pode ser o último, esse é o O Last Laugh – a última risada.
Criado pelo comediante William Andrews, o relógio é uma caveira muito louca e a hora é marcada nos seus dentinhos. A embalagem também é so special desenvolvida pela designer Hannah Davies.
Site da loja: Mr. Jones Watches
Last Laught em ação:
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E daí que você tá de boas no sofá vendo uma tv, digo vendo porque é isso mesmo, ver a tv enquanto a cabeça fica longe longe.
Com as pernas recolhidas, um semi-fetal por falta de espaço, você olha pra tv, você olha pro relógio, você olha pra luzinha irritante do dvd, você olha pro relógio, você olha pra parede, você olha pro relógio e pensa: mas já? Não fiz nada nem quero, mas por que passar tão rápido?
O universo não ajuda, não mesmo, principalmente quando os muitos olhares entre os móveis da casa disparam teu coração, idiota, você lembrou de novo!
Breve distração levou tua atenção pra longe, tá de boa. Um riff incrível começa no canal que nunca passa nada que presta – é brincadeira, né? Pronto, a merda tá feita. Sinestesia é uma parada muito louca, sempre achei, um trechinho de música te traz o cheiro, te traz o gosto, te traz o momento over and over again. Isso não é justo.
Fica esperando a dor doer mais só pra ver até onde aguenta e, enfim, muda a porcaria do canal. Inferno de música, nunca mais toque na minha frente.
Olhos vermelhos.
Cansaço.
Cochila. Dorme.
E sonha. Merda!
A cabeça do ser já é difícil de ser controlada, que dirá os sonhos. O inconsciente, meu amigo, é uma caixinha de… É uma caixinha de ciladas. Seria de surpresas? Não, acho que não porque não costumam surpreender, pelo menos, não me surpreendem. Uma dose de delírio, talvez, mas surpresas nunca.
Penso se a vida toda não é uma caixinha de ciladas onde você sempre tem que estar atento, mantendo cuidado pra não se foder e coragem pra seguir em frente. Tudo um teste, saca? Deve ser isso, da hora a vida.
Coração vai até a boca e desce de volta rasgando tudo só pra você acordar com os olhos arregalados e com aquele estranho sentimento do que é real e do que a gente quer que aconteça.
Quer saber? A vida é uma baita duma cilada mesmo, cheia de provações, cheia de padrões, cheia de preocupações, cheia de constatações, cheia de invenções, mas o que te pega de verdade, o que te enlouquece, o que te move, o que te traz e puxa é o amor. Duvide. Contrarie. Não queira, eu também não queria… Nessa cilada toda, a prova do chefão não é a mais difícil, a pior mesmo é a que temos que enfrentar na maior parte do tempo, dia-a-dia, hora-a-hora: não cair no buraco, pegar as moedinhas, não perder tempo, recuperar energias e matar os bichinhos do mal. Se liga, tamo nível hard a todo momento.
Ansiedade, horas que passam e não passam, sonhos, músicas agoniam mesmo. A gente agoniza. Pede pra sair ou cria um esc lifestyle de uma vez por todas, sério!
“Sai dessa” é o que dizem. Mas, por favor, não me digam que sou a única pessoa que já fez e pensou em tudo isso.
Adriana Cecchi
Hoje, 25 de julho, é o dia do escritor. “O surgimento da data se deu a partir da década de 60, através de João Peregrino Júnior e Jorge Amado, quando realizaram o I Festival do Escritor Brasileiro, organizado pela União Brasileira de Escritores, a que os dois eram presidente e vice-presidente, respectivamente.” [Fonte: Brasil Escola]
Dia do escritor e a Adriana mal consegue ter inspiração para escrever sobre.
Pensei, pensei bem e achei que o melhor era deixar pra quem sabe mesmo o que falar:
“Somos todos escritores, só que alguns escrevem e outros não” (José Saramago)
“Para escrever bem, não é preciso muitas palavras, é só saber como combina-las melhor. Pense no xadrez” (Millôr Fernandes)
“O verdadeiro escritor nada tem a dizer. Tem uma maneira de dizer nada” (Rubem Fonseca)
“Escrever é não esconder nossa loucura” (Arnaldo Jabor)
“Cada livro meu é uma estreia penosa e feliz” (Clarice Lispector)
“Não é escritor por ter escolhido dizer certas coisas, mas sim pela forma como as dizemos” (Jean-Paul Sartre)
“Tudo o que escrevemos, não vale o que deixamos de escrever” (Carlos Drummond de Andrade)
“O escritor original, não é aquele que não imita ninguém, mas sim aquele que ninguém pode imitar” (François René)