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05set

Arctic Monkeys – You’re So Dark

De acordo com o dicionário, morbidez é a manifestação de fascínio com assuntos considerados sinistros ou trágicos, como por exemplo a morte. Não sei quanto a vocês, mas eu sou constantemente chamada de “mórbida” pelas pessoas. Assim, não nego.

3 livros e uma dose de morbidez

Sorte minha não estar sozinha nesse mar mórbido e vamo nessa desmistificar tabus.

Veja também: minha coleção Crime Scene e Livros sobre Psicopatas

Minha última leitura fez com que esse post surgisse, a seguir, 3 dicas de livros para quem tem um gostinho ligeiramente peculiar.

CONFISSÕES DO CREMATÓRIO

Um livro para quem planeja morrer um dia

Confissões do Crematório

“Embora você possa nunca ter ido a um enterro, dois humanos do planeta morrem por segundo. Oito no tempo que você levou para ler essa frase.” E é assim que Caitlin Doughty inicia o capítulo “Palitos de Dente em Gelatina” no livro Confissões do Crematório, a minha última leitura e lançamento caprichado da DarkSide Books.

Caitlin Doughty é agente funerária, escritora e tem um canal no YouTube, em Smoke Gets in Your Eyes (Confissões do Crematório), a autora relata diversas memórias da época em que trabalhou em um crematório, todas com bom humor sobre a morte e as práticas da “indústria da morte“.

O livro reúne histórias reais do dia a dia de uma casa funerária, inúmeras curiosidades e fatos históricos, mitológicos e filosóficos. Caitlin começou a trabalhar no crematório aos 23 anos e, ao mesmo tempo em que barbeava e incinerava cadáveres, tirava lições de vida com a morte, irônico, não é mesmo? Enquanto varre as cinzas das máquinas de incineração ou explica com o que um crânio em chamas se parece, ela desmistifica a morte para si e para seus leitores.

Confissões do Crematório

Confissões do Crematório

“Eu me tornei funcionalmente mórbida, obcecada pela morte,
por doenças e por trevas, mas ainda era capaz de passar
por uma estudante quase normal.”

Enquanto a maioria das pessoas preferem evitar pensar em morte e/ou ver corpos mortos, a autora compartilha o seu fascínio e como foi o seu primeiro encontro direto com a morte, ainda era criança, viu outra menina cair de uma altura de 10m de uma escada rolante. O som da queda, o baque terrível, ficou em sua memória e se repetiria por um bom tempo. Durante sua infância considerava apenas um “batuque”, hoje explica que esses baques são chamados de sintomas de síndrome de estresse pós-traumático.

“Somos animais glorificados que comem, cagam e estão fadados a morrer.
Não somos nada mais do que futuros cadáveres.”

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