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06abr

A editora Darkside Books liberou uma entrevista com Andrew Pyper, autor de “O Demonologista“, e um material promocional maravilhoso para os leitores darks. Eu que já estava ansiosa para o lançamento, fiquei ainda mais.

“A maior astúcia do Diabo é nos convencer de que ele não existe”
Charles Baudelaire

O personagem principal que dá título ao best-seller é David Ullman, um professor de literatura especializado na figura literária do Diabo – principalmente no clássico de John Milton, Paraíso Perdido. Para ele, o Anjo Caído é apenas um ser mitológico. Depois de aceitar um convite para testemunhar um suposto fenômeno sobrenatural em Veneza, David começa a ter motivos pessoais para mudar de opinião.

Basta ler para crer. Confira na íntegra a entrevista exclusiva que o autor deu à Darkside Books:

O personagem principal, David Ullman, é um professor de literatura especializado no clássico de John Milton, Paraíso Perdido. Quão familiar você era com esse texto antes de começar a escrever O Demonologista? Como usou o poema para ajudá-lo a moldar a trama e os acontecimentos em seu romance?
Andrew Pyper. Eu tinha lido Paraíso Perdido como estudante na universidade, mas me lembrava pouco dele. Não, não é verdade: eu me recordava de poucos detalhes, mas carregava comigo os argumentos persuasivos e o dilema lastimável de seu discutível e ambíguo protagonista, Satã. Nos trechos em que ele é o narrador, achei o poema fascinante, quase perigoso em seu encanto. Mas quando o demônio não está presente, recordo-me de sentir que ele era um pouco difícil. Naquela época, eu teria concordado com a opinião do dr. Johnson, de que “ninguém o desejou mais longo”. Vinte anos depois, sou um romancista. (Também sou pai; isso ganha certa relevância em determinado momento.) Por vezes, estava refletindo sobre um caminho para criar um novo tipo de mitologia demoníaca em uma obra de ficção, uma sem padres, exorcismos, água benta escaldante ou as armadilhas costumeiras das histórias de “possessão”. Queria imaginar uma narrativa que fizesse os demônios parecerem bem fundamentados e reais – uma explicação plausível do por quê algumas pessoas, por algum tempo, agem de maneira irracional. Para alcançar isso, a relação entre os personagens humanos e demoníacos na história teria que ser ao mesmo tempo misteriosa e coerente, fantástica e crível. Foi ao desenvolver o que poderia ser utilizado como o fundamento para esse universo que me lembrei de Paraíso Perdido. De novo, não foi tanto o poema ou como eu pensava nele, mas um sentimento com o qual ele me deixou, a vitalidade de seu anti-herói, seu sofrimento, sua fúria velada e terrível solidão. Em resumo, ele foi um personagem que imaginei primeiro. Uma conexão emocional, e não um monstro.

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09fev

“Mary começou a gritar. A cortina se abriu mais e uma mão apareceu, empunhando uma faca de açougueiro. E foi a faca que, no momento seguinte, cortou o seu grito.
E a sua cabeça.”

Como boa fã de terror, não poderia deixar de falar de Psicose aqui no blog. Escrito pelo norte-americano Robert Bloch e publicado em 1959, Psicose despertou a atenção do cineasta (ídolo) Alfred Hitchcock que lançou seu thriller em 1960 mudando a história do cinema e do suspense a partir de então.

Sinopse

“Psicose conta a história de Mary Crane, que foge após roubar o dinheiro que foi confiado a ela depositar num banco. Ela então vai parar no Bates Motel, cujo proprietário é Norman Bates, um homem atormentado por sua mãe controladora. Belo suspense, de tirar o fôlego!”

Depois de muito tempo fanática pelo filme, conferi finalmente a obra literária de Bloch e, mesmo com a perda do elemento surpresa, posso dizer que entrou nos meus livros favoritos. Me arrependi de não ter lido antes.

Contado em terceira pessoa, Psicose é um thriller de suspense que dá muitas informações ao decorrer dos fatos, mas, ao mesmo tempo, esconde muita coisa do leitor para que este se surpreenda com o clímax (e bota clímax nisso).

O foco do livro não é a vítima, e sim, o assassino!

A parte psicológica é muito bem construída, os capítulos são intercalados entre os diferentes núcleos da trama e incitam o leitor a questionar-se sobre a verdadeira natureza dominante daquela mente complexa. A narrativa é maravilhosa, muito fluída, daquelas que te prendem e você mata o livro em uma tarde.

Para escrever Psicose, Robert Bloch se baseou em um serial killer chamado Ed Gein e uma série de assassinatos reais – assassinatos que inspiraram também outros filmes como “Massacre da Serra Elétrica” e “O Silêncio dos Inocentes”. A história completa de Ed Gein pode ser conferida no livro Serial Killers, A Anatomia do Mal também da Darkside Books, livro qual já falei aqui no blog também.

O livro, junto com o filme de Hitchcock, tornou-se um ícone do horror e inspirou a série Bates Motel (veja o trailer), que inclusive terminei a pouco a primeira temporada e estou apaixonada. O seriado mostra a história de Norman antes de Psicose. O relacionamento com sua mãe, sua adolescência e muitas outras diretrizes interessantes.

A edição da Darkside Books dispensa comentários, como sempre impecável desde a capa até a última página.

Título original: Psycho
Autor: Robert Bloch
Editora: Darkside Books
Número de páginas: 240
Gênero: Thriller psicológico/Suspense

Em paralelo, li “Alfred Hitchcock e os Bastidores de Psicose” que é indispensável para os fãs de cinema. O livro de Stephen Rebello conta com uma série de informações sobre os bastidores do filme Psicose. Todas as estratégias de marketing, as dificuldades de para lançar o filme (ele teve que tirar dinheiro do próprio bolso!) e no final das contas foi um sucesso desgraçado, amém. Este livro também originou um filme, o Hitchcock (2012), que foi um pouco mais romanceado para as telonas, porém com o maravilhoso Anthony Hopkins interpretando o cineasta.

Título Original: Alfred Hitchcock and the Making of Psycho
Autor: Stephen Rebello
Editora: Intrínseca
Número de Páginas: 256
Gênero: Não-ficção/Cinema

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Boa leitura ;)

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14set

O que faz gente aparentemente normal começar a matar e não parar mais? O que move – e o que pode deter – assassinos em série como Ed Gein, o psicopata americano que inspirou os mais célebres maníacos do cinema, como Norman Bates (Psicose, de Alfred Hitchcok), Leatherface (O Massacre da Serra Elétrica, de Tobe Hooper) e Hannibal Lecter (O Silêncio dos Inocentes, de Jonathan Demme). Como explicar a compulsão por matar e o prazer de causar dor, sem qualquer arrependimento? De onde vem tanta fúria?

Eu posso dizer que gosto de serial killers. Calma, não sou doente. Obviamente, não gosto do que eles fazem com outras pessoas, eu me interesso pelo estudo sobre eles e sempre procurei por leituras, filmes e documentários referentes ao assunto.

Para a minha alegria, a Darkside Books lançou um livro em 2013 chamado “Serial Killers – A Anatomia do Mal“. Assim como tudo o que a editora faz, o livro é lindo, edição de capa dura e 448 páginas sendo “o dossiê definitivo sobre o universo sombrio dos psicopatas mais perversos da história”.

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