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25out

“O fato de que existo prova que o mundo não tem sentido.”

Eu tinha comentado sobre esse livro no vídeo de leituras do ano passado, queria ter feito essa resenha antes, mas Nos Cumes do Desespero estava esgotado na editora e até nos sebos. A Editora Hedra republicou o livro e todo mundo poderá usufruir do ceticismo-niilismo-pessimismo de Emil Cioran!

Caso tenha interesse na leitura, compre o livro através deste link, a Hedra ofereceu um descontinho especial para os leitores do Redatora de Merda. Se quiser desgraçar a cabeça, aproveite!

RESENHA EM VÍDEO E DISCUSSÕES SOBRE NOS CUMES DO DESESPERO

FRASES E CITAÇÕES “NOS CUMES DO DESESPERO”

Por que não podemos permanecer encerrados em nós mesmos? Por que insistimos em correr atrás da expressão e da forma, no intuito de nos esvaziar de conteúdo e sistematizar um processo caótico e rebelde? (p.16)

Não faço a mínima ideia de por que devemos fazer algo neste mundo, de por que devemos ter amigos e aspirações, esperanças e sonhos. Não seria mil vezes mais preferível um recolhimento num canto, longe de tudo, aonde não cheguem os ecos daquilo que constitui o ruído e as complicações deste mundo? (p. 19)

Se continuamos vivos, é graças à escrita, que, por meio da objetivação, ameniza e essa tensão infinita. Criar significa salvar-se provisoriamente das garras da morte. (p. 20)

Tudo o que me acontece parece fazer de mim um balão prestes a estourar. Nesses momentos de uma terrível intensidade, ocorre uma conversão ao Nada. (p. 20)

Morremos por tudo o que existe e por tudo o que não existe. Cada vivência é, nesse caso, um salto ao Nada. (p. 20)

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04mar

Minha paixão por tentáculos é de longa data, assim como a literatura de horror, imagina juntar os dois no mesmo lugar? Sim, vamos falar sobre Lovecraft!

meu próprio Cthulhu

“A emoção mais antiga e mais forte da humanidade é o medo, e o mais antigo e mais forte de todos os medos é o medo do desconhecido.”

Howard Phillips Lovecraft (20 de agosto de 1890 – 15 de março de 1937), é, sem dúvida, um dos mais cultuados escritores de literatura fantástica do século 20. Histórias em quadrinhos, letras de músicas, filmes, RPG’s, romances e contos variados fazem menções às obras do criador do Cthulhu.

Lovecraft criou sua própria mitologia e cosmologia, com direito a hierarquia e coerência próprias. Um universo rico cheio de criaturas malignas e medo cósmico. O autor costuma brincar com o subconsciente, sonhos, medos e, principalmente, com o desconhecido em escrita bem trabalhada e obscura.

“Aquilo que não está morto pode jazer eternamente e com eras estranhas, até a morte pode morrer.”

Fã de carteirinha que sou quase enlouqueci quando soube do lançamento da Editora Hedra com o livro que reuniria (pela primeira vez em português) os maiores clássicos do grande mestre da literatura de horror em um volume: Os Melhores Contos De H P Lovecraft.

Um universo paralelo mantido em gerações de leitores do mundo todo, a “atmosfera lovecraftiana” é densa e fantástica com o que podemos encontrar de melhor de horror em forma escrita.

Na minha opinião, não é um livro pra ser devorado de uma vez, você pode intercala-lo – já que a maioria são livros vendidos separadamente. Com venda exclusiva pela Livra Cultura o livro sai bem mais barato do que se você comprar todas as obras separadamente, fora que a edição é linda.

São 19 contos: Dagon (1917); O Navio branco (1919); Os Gatos de Ulthar (1920); Celephais (1920); Os outros deuses (1921); A música de Erich Zann (1921); O que a lua traz consigo (1922); Ar frio (1926); O Chamado de Cthulhu (1926); O modelo de Pickman (1926); A cor que caiu do espaço (1927); A busca onírica por Kadath (1927); O caso de Charles Dexter Ward (1927); O horror em Dunwich (1928); Um sussurro nas trevas (1930); A sombra de Innsmouth (1931); Nas montanhas da loucura (1931); O assombro das trevas (1935) e A sombra vinda do tempo (1935).

Vem, abraça o escuro junto comigo!

“Who knows the end?
What has risen may sink, and what has sunk may rise.”

Título original: Os Melhores Contos De H P Lovecraft
Autor: H. P. Lovecraft
Editora: Hedra
Número de páginas: 742
Gênero: Horror

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