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04ago

Romance policial com viés existencial: eu tinha certeza que ia gostar.

Galveston

Eu disse que não compraria mais livros, mas não resisti ao “livro do criador de True Detective, aquela série maravilhosa, impecável, que te faz pensar sobre a vida até quando acha que não está mais pensando…” É, comprei Galveston e comecei a ler no mesmo dia.

Olhando a bagagem de Nic Pizzolatto, eu sabia o que esperar de Galveston ao me deparar com a premissa: um matador de aluguel com câncer terminal no pulmão. Sacou?

“E agora eu estava morrendo e tudo o que já tinha acontecido comigo
começava a me parecer vagamente importante.” (p. 40)

No mesmo dia em que é diagnosticado com câncer no pulmão, o matador de aluguel Roy Cady pressente que o chefe, um agiota e dono de bar que é o mandachuva em Nova Orleans, quer vê-lo morto. Conhecido entre os membros da gangue pelo nada afetuoso apelido de Big Country, por causa do cabelo comprido e das botas de caubói, Roy desconfia de que o serviço de rotina para o qual foi enviado possa ser uma emboscada. E de fato é. Mas consegue inverter os papéis e, após um banho de sangue, escapa ileso.

Além de Roy, só há mais uma pessoa viva no local, uma mulher, e num ato impensado ele aponta uma arma para a cabeça dela e a leva consigo na fuga em direção à cidade de Galveston – uma decisão imprudente e sem volta. A mulher, uma prostituta de 18 anos chamada Rocky, é jovem demais, durona demais, sexy demais – e certamente trará para Roy problemas demais. (INTRÍNSECA)

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09fev

“Mary começou a gritar. A cortina se abriu mais e uma mão apareceu, empunhando uma faca de açougueiro. E foi a faca que, no momento seguinte, cortou o seu grito.
E a sua cabeça.”

Como boa fã de terror, não poderia deixar de falar de Psicose aqui no blog. Escrito pelo norte-americano Robert Bloch e publicado em 1959, Psicose despertou a atenção do cineasta (ídolo) Alfred Hitchcock que lançou seu thriller em 1960 mudando a história do cinema e do suspense a partir de então.

Sinopse

“Psicose conta a história de Mary Crane, que foge após roubar o dinheiro que foi confiado a ela depositar num banco. Ela então vai parar no Bates Motel, cujo proprietário é Norman Bates, um homem atormentado por sua mãe controladora. Belo suspense, de tirar o fôlego!”

Depois de muito tempo fanática pelo filme, conferi finalmente a obra literária de Bloch e, mesmo com a perda do elemento surpresa, posso dizer que entrou nos meus livros favoritos. Me arrependi de não ter lido antes.

Contado em terceira pessoa, Psicose é um thriller de suspense que dá muitas informações ao decorrer dos fatos, mas, ao mesmo tempo, esconde muita coisa do leitor para que este se surpreenda com o clímax (e bota clímax nisso).

O foco do livro não é a vítima, e sim, o assassino!

A parte psicológica é muito bem construída, os capítulos são intercalados entre os diferentes núcleos da trama e incitam o leitor a questionar-se sobre a verdadeira natureza dominante daquela mente complexa. A narrativa é maravilhosa, muito fluída, daquelas que te prendem e você mata o livro em uma tarde.

Para escrever Psicose, Robert Bloch se baseou em um serial killer chamado Ed Gein e uma série de assassinatos reais – assassinatos que inspiraram também outros filmes como “Massacre da Serra Elétrica” e “O Silêncio dos Inocentes”. A história completa de Ed Gein pode ser conferida no livro Serial Killers, A Anatomia do Mal também da Darkside Books, livro qual já falei aqui no blog também.

O livro, junto com o filme de Hitchcock, tornou-se um ícone do horror e inspirou a série Bates Motel (veja o trailer), que inclusive terminei a pouco a primeira temporada e estou apaixonada. O seriado mostra a história de Norman antes de Psicose. O relacionamento com sua mãe, sua adolescência e muitas outras diretrizes interessantes.

A edição da Darkside Books dispensa comentários, como sempre impecável desde a capa até a última página.

Título original: Psycho
Autor: Robert Bloch
Editora: Darkside Books
Número de páginas: 240
Gênero: Thriller psicológico/Suspense

Em paralelo, li “Alfred Hitchcock e os Bastidores de Psicose” que é indispensável para os fãs de cinema. O livro de Stephen Rebello conta com uma série de informações sobre os bastidores do filme Psicose. Todas as estratégias de marketing, as dificuldades de para lançar o filme (ele teve que tirar dinheiro do próprio bolso!) e no final das contas foi um sucesso desgraçado, amém. Este livro também originou um filme, o Hitchcock (2012), que foi um pouco mais romanceado para as telonas, porém com o maravilhoso Anthony Hopkins interpretando o cineasta.

Título Original: Alfred Hitchcock and the Making of Psycho
Autor: Stephen Rebello
Editora: Intrínseca
Número de Páginas: 256
Gênero: Não-ficção/Cinema

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Boa leitura ;)

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