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11maio

O medo é contagioso

Ilha do Medo ficou bastante conhecido no Brasil após o lançamento do filme homônimo de Martin Scorcese em 2010, o livro – originalmente publicado como Paciente 67 – é de Dennis Lehane e um monstro da literatura policial.

Já digo que é um dos meus livros favoritos do gênero e eu li depois de ter visto o filme, ou seja, a história é tão boa que não estraga mesmo sabendo o final. Ilha do Medo é um suspense psicológico excelentemente bem construído. O tema principal é a loucura, além da paronoia e investigação.

“…devemos sonhar os nossos sonhos e vivê-los também?”
Elizabeth Bishop, Question of travel (epígrafe de Ilha do Medo)

Ilha do Medo Livro

Lombada Livro Ilha do Medo

Dennis Lehane (1965), autor também de Sobre Meninos e Lobos (igualmente adaptado para o cinema, por Clint Eastwood) domina enredos investigativos e o estilo noir em seus romances policiais.

Por ser uma história de suspense, fica difícil dar muitos detalhes sem spoiler. Fato é que o autor brinca o tempo todo com o leitor como se fosse uma caçada entre presa e predador; verdades e mentiras, loucuras e sanidades estão sempre em confronto e questionamentos.

O medo é contagioso.

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04maio

A primeira regra sobre o Clube da Luta é:

Clube da Luta 2

A continuação de Clube da Luta, que será lançada em quadrinhos, está em pré-venda no site Dark Horse Comics – o lançamento oficial fica pro dia 27 de maio.

A continuação do livro escrito por Chuck Palahniuk e adaptado aos cinemas por David Fincher terá traços de Cameron Stewart e a história se passará 10 anos após os acontecimentos originais.

O personagem principal da vez é Sebastian, um homem normal com uma vida normal, que deixou às lutas e conseguiu se livrar de Tyler graças a pílulas e maconha medicinal. Sebastian é casado com Marla Singer e os dois têm um filho de 9 anos, chamado Junior, com o qual ele não parece se dar muito bem.

Alguns amigos imaginários nunca se vão. Dez anos após ter iniciado o Projeto Mayhem, ele vive em uma vida mundana. Um filho, uma esposa, pílulas para manter seu destino nos conformes. Mas não irá durar muito; a esposa cuidou de tudo. A hora chegou. Ascenda ou morra.

Quero essa HQ na minha mão o mais rápido possível. Que venha logo pro Brasil!

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06abr

A editora Darkside Books liberou uma entrevista com Andrew Pyper, autor de “O Demonologista“, e um material promocional maravilhoso para os leitores darks. Eu que já estava ansiosa para o lançamento, fiquei ainda mais.

“A maior astúcia do Diabo é nos convencer de que ele não existe”
Charles Baudelaire

O personagem principal que dá título ao best-seller é David Ullman, um professor de literatura especializado na figura literária do Diabo – principalmente no clássico de John Milton, Paraíso Perdido. Para ele, o Anjo Caído é apenas um ser mitológico. Depois de aceitar um convite para testemunhar um suposto fenômeno sobrenatural em Veneza, David começa a ter motivos pessoais para mudar de opinião.

Basta ler para crer. Confira na íntegra a entrevista exclusiva que o autor deu à Darkside Books:

O personagem principal, David Ullman, é um professor de literatura especializado no clássico de John Milton, Paraíso Perdido. Quão familiar você era com esse texto antes de começar a escrever O Demonologista? Como usou o poema para ajudá-lo a moldar a trama e os acontecimentos em seu romance?
Andrew Pyper. Eu tinha lido Paraíso Perdido como estudante na universidade, mas me lembrava pouco dele. Não, não é verdade: eu me recordava de poucos detalhes, mas carregava comigo os argumentos persuasivos e o dilema lastimável de seu discutível e ambíguo protagonista, Satã. Nos trechos em que ele é o narrador, achei o poema fascinante, quase perigoso em seu encanto. Mas quando o demônio não está presente, recordo-me de sentir que ele era um pouco difícil. Naquela época, eu teria concordado com a opinião do dr. Johnson, de que “ninguém o desejou mais longo”. Vinte anos depois, sou um romancista. (Também sou pai; isso ganha certa relevância em determinado momento.) Por vezes, estava refletindo sobre um caminho para criar um novo tipo de mitologia demoníaca em uma obra de ficção, uma sem padres, exorcismos, água benta escaldante ou as armadilhas costumeiras das histórias de “possessão”. Queria imaginar uma narrativa que fizesse os demônios parecerem bem fundamentados e reais – uma explicação plausível do por quê algumas pessoas, por algum tempo, agem de maneira irracional. Para alcançar isso, a relação entre os personagens humanos e demoníacos na história teria que ser ao mesmo tempo misteriosa e coerente, fantástica e crível. Foi ao desenvolver o que poderia ser utilizado como o fundamento para esse universo que me lembrei de Paraíso Perdido. De novo, não foi tanto o poema ou como eu pensava nele, mas um sentimento com o qual ele me deixou, a vitalidade de seu anti-herói, seu sofrimento, sua fúria velada e terrível solidão. Em resumo, ele foi um personagem que imaginei primeiro. Uma conexão emocional, e não um monstro.

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