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11maio

O medo é contagioso

Ilha do Medo ficou bastante conhecido no Brasil após o lançamento do filme homônimo de Martin Scorcese em 2010, o livro – originalmente publicado como Paciente 67 – é de Dennis Lehane e um monstro da literatura policial.

Já digo que é um dos meus livros favoritos do gênero e eu li depois de ter visto o filme, ou seja, a história é tão boa que não estraga mesmo sabendo o final. Ilha do Medo é um suspense psicológico excelentemente bem construído. O tema principal é a loucura, além da paronoia e investigação.

“…devemos sonhar os nossos sonhos e vivê-los também?”
Elizabeth Bishop, Question of travel (epígrafe de Ilha do Medo)

Ilha do Medo Livro

Lombada Livro Ilha do Medo

Dennis Lehane (1965), autor também de Sobre Meninos e Lobos (igualmente adaptado para o cinema, por Clint Eastwood) domina enredos investigativos e o estilo noir em seus romances policiais.

Por ser uma história de suspense, fica difícil dar muitos detalhes sem spoiler. Fato é que o autor brinca o tempo todo com o leitor como se fosse uma caçada entre presa e predador; verdades e mentiras, loucuras e sanidades estão sempre em confronto e questionamentos.

O medo é contagioso.

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09fev

“Mary começou a gritar. A cortina se abriu mais e uma mão apareceu, empunhando uma faca de açougueiro. E foi a faca que, no momento seguinte, cortou o seu grito.
E a sua cabeça.”

Como boa fã de terror, não poderia deixar de falar de Psicose aqui no blog. Escrito pelo norte-americano Robert Bloch e publicado em 1959, Psicose despertou a atenção do cineasta (ídolo) Alfred Hitchcock que lançou seu thriller em 1960 mudando a história do cinema e do suspense a partir de então.

Sinopse

“Psicose conta a história de Mary Crane, que foge após roubar o dinheiro que foi confiado a ela depositar num banco. Ela então vai parar no Bates Motel, cujo proprietário é Norman Bates, um homem atormentado por sua mãe controladora. Belo suspense, de tirar o fôlego!”

Depois de muito tempo fanática pelo filme, conferi finalmente a obra literária de Bloch e, mesmo com a perda do elemento surpresa, posso dizer que entrou nos meus livros favoritos. Me arrependi de não ter lido antes.

Contado em terceira pessoa, Psicose é um thriller de suspense que dá muitas informações ao decorrer dos fatos, mas, ao mesmo tempo, esconde muita coisa do leitor para que este se surpreenda com o clímax (e bota clímax nisso).

O foco do livro não é a vítima, e sim, o assassino!

A parte psicológica é muito bem construída, os capítulos são intercalados entre os diferentes núcleos da trama e incitam o leitor a questionar-se sobre a verdadeira natureza dominante daquela mente complexa. A narrativa é maravilhosa, muito fluída, daquelas que te prendem e você mata o livro em uma tarde.

Para escrever Psicose, Robert Bloch se baseou em um serial killer chamado Ed Gein e uma série de assassinatos reais – assassinatos que inspiraram também outros filmes como “Massacre da Serra Elétrica” e “O Silêncio dos Inocentes”. A história completa de Ed Gein pode ser conferida no livro Serial Killers, A Anatomia do Mal também da Darkside Books, livro qual já falei aqui no blog também.

O livro, junto com o filme de Hitchcock, tornou-se um ícone do horror e inspirou a série Bates Motel (veja o trailer), que inclusive terminei a pouco a primeira temporada e estou apaixonada. O seriado mostra a história de Norman antes de Psicose. O relacionamento com sua mãe, sua adolescência e muitas outras diretrizes interessantes.

A edição da Darkside Books dispensa comentários, como sempre impecável desde a capa até a última página.

Título original: Psycho
Autor: Robert Bloch
Editora: Darkside Books
Número de páginas: 240
Gênero: Thriller psicológico/Suspense

Em paralelo, li “Alfred Hitchcock e os Bastidores de Psicose” que é indispensável para os fãs de cinema. O livro de Stephen Rebello conta com uma série de informações sobre os bastidores do filme Psicose. Todas as estratégias de marketing, as dificuldades de para lançar o filme (ele teve que tirar dinheiro do próprio bolso!) e no final das contas foi um sucesso desgraçado, amém. Este livro também originou um filme, o Hitchcock (2012), que foi um pouco mais romanceado para as telonas, porém com o maravilhoso Anthony Hopkins interpretando o cineasta.

Título Original: Alfred Hitchcock and the Making of Psycho
Autor: Stephen Rebello
Editora: Intrínseca
Número de Páginas: 256
Gênero: Não-ficção/Cinema

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Boa leitura ;)

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14set

O que faz gente aparentemente normal começar a matar e não parar mais? O que move – e o que pode deter – assassinos em série como Ed Gein, o psicopata americano que inspirou os mais célebres maníacos do cinema, como Norman Bates (Psicose, de Alfred Hitchcok), Leatherface (O Massacre da Serra Elétrica, de Tobe Hooper) e Hannibal Lecter (O Silêncio dos Inocentes, de Jonathan Demme). Como explicar a compulsão por matar e o prazer de causar dor, sem qualquer arrependimento? De onde vem tanta fúria?

Eu posso dizer que gosto de serial killers. Calma, não sou doente. Obviamente, não gosto do que eles fazem com outras pessoas, eu me interesso pelo estudo sobre eles e sempre procurei por leituras, filmes e documentários referentes ao assunto.

Para a minha alegria, a Darkside Books lançou um livro em 2013 chamado “Serial Killers – A Anatomia do Mal“. Assim como tudo o que a editora faz, o livro é lindo, edição de capa dura e 448 páginas sendo “o dossiê definitivo sobre o universo sombrio dos psicopatas mais perversos da história”.

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