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17nov

“Às vezes, tudo o que você precisa é permissão para sentir.”

O que significa a solidão? Como vivemos sem estar envolvidos intimamente com outro ser humano? Como nos conectamos a outras pessoas? A tecnologia nos aproxima ou nos aprisiona atrás de telas?

Quando se mudou para Nova York, aos trinta e tantos anos, Olivia Laing se tornou uma habitante da solidão. Cada vez mais fascinada com essa experiência das mais vergonhosas, ela começou a explorar a cidade solitária por meio da arte. Movendo-se com fluidez entre obras e vidas – de Nightwalks de Edward Hopper às Time Capsules de Andy Warhol, da acumulação de Henry Darger ao ativismo de Aids de David Wojnarowicz –, Laing conduz uma investigação admirável, deslumbrante, sobre o que significa estar sozinho, iluminando não apenas as causas da solidão, mas também como se pode resistir a ela ou se reconciliar com ela.

Humano, provocativo e profundamente comovente, A cidade solitária, uma inteligente mistura entre pesquisa bem fundamentada e depoimento pessoal da autora, reflete sobre os espaços entre pessoas e coisas que as unem, sobre sexualidade, mortalidade e as possibilidades mágicas da arte. É uma celebração a um estado estranho e encantador, isolado do continente maior da experiência humana, mas intrínseco ao próprio ato de estar vivo.

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TRECHOS E FRASES DE A CIDADE SOLITÁRIA

“Você pode ser solitário em qualquer lugar, mas há um sabor particular na solidão quando se mora numa cidade grande, cercada por milhões de pessoas. Pode-se pensar que esse estado seria antitético em relação à vida urbana, à presença em massa de outros seres humanos, mas a mera proximidade física não é suficiente para dissipar uma sensação de isolamento interno. É possível – e fácil – sentir-se desolado e abandonado ao lado de outras pessoas.” (p.11)

“Assim como a depressão, como a melancolia ou a inquietude, a solidão está sujeita também a uma patologização a ser considerada uma doença.” (p.12)

“O dicionário, esse árbitro frio, define a palavra solitário como um sentimento negativo invocado pelo isolamento, sendo o componente emocional o que diferencia de sozinho ou .” (p.28)

“Mas a solidão não tem necessariamente correlação com uma falta de companhia externa ou objetiva, o que psicólogos chamam de isolamento social ou privação social. De modo algum todas as pessoas que vivem suas vidas na ausência de companhia são solitárias, enquanto é possível experimentar uma solidão aguda estando num relacionamento ou num grupo de amigos.” (p.29)

“A sensação surge por causa de uma ausência ou insuficiência de proximidade sentida, e o tom desse sentimento varia do desconforto à dor crônica, insuportável.” (p.29)

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16out

Publicado originalmente em 1986 — sob o título original You Get So Alone at Times That it Just Makes Sense — neste livro, temos mais de 140 poemas em 307 páginas de angústias existenciais do velho safado.

Lançado em 2018 pela L&PM, Você Fica Tão Sozinho às Vezes que Até Faz Sentido até hoje era inédito no Brasil. Cru, brutal e honesto, poetas desnudam-se. Charles Bukowski traz toda a sua misantropia, suas reflexões sobre o fim; reflexões sobre mulheres, bebidas, jogos, trabalhos e gatos. Um livro capaz de nos fazer rir, chorar, dar esperança e aumentar o desdém pela humanidade.

Como de costume, Separei alguns trechos que mais me chamaram a atenção durante a leitura para compartilhar aqui no blog :)

TRECHOS E FRASES DE
Você Fica Tão Sozinho às Vezes que Até Faz Sentido

“(…) nós saberemos mais do que nunca, há um lugar no coração que nunca será preenchido” (não tem remédio pra isso; p.26)

“ela gosta disso e eu também gosto porque para tornar uma coisa verdadeira tudo que você precisa fazer é acreditar” (centro de L.A.; p.32)

“agora acendendo novos cigarros servido mais bebidas, foi uma belíssima luta, ainda é.” (encurralado; p.42)

“e agora quando estamos prontos para nos autodestruir resta muito pouco para matar. o que torna a tragédia menor e maior bem bem maior.” (escuridão; p.46)

“e não há nada que ponha uma pessoa mais em contato com as realidades do que uma jornada de trabalho de 8 horas.” (cupins da página; p.48)

“(…) ela bateu a porta e se foi. eu olhei a porta fechada e a maçaneta e estranhamente não me senti sozinho.” (fissura; p.69)

“(…) ou eles estão certos e eu errado ou então estou certo e eles todos estão errados ou talvez seja algo no meio disso. a maioria das pessoas no mundo não dá a mínima e com frequência sinto a mesma coisa.” (para os meus amigos da ivy league; p.88)

“para eles eu era o monstro do bar, eles precisavam de mim para que se sentissem melhor. assim como eu, às vezes, precisava daquele cemitério.” (meu truque do desaparecimento; p.98)

“o inferno de cada homem fica num lugar diferente: o meu é logo acima e atrás do meu rosto arruinado.” (vamos fazer um acordo; p.100)

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01set

“Cada um leva consigo sua história, pensei.
Ninguém é inteiramente ele mesmo.”

No Mar, escrito em 2011 pelo holandês Toine Heijmans, publicado pela editora Cosac & Naify em 2015, sob o título original de Op zee, é o romance de estreia do autor e jornalista. Foi traduzido para diversos idiomas e adaptado para o cinema na Holanda.

Pouco mais de 150 páginas com uma história arrebatadora cheia de reflexões e existencialismo.

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Separei alguns trechos que mais me chamaram a atenção durante a leitura para compartilhar aqui no blog :)

TRECHOS E FRASES DE ‘NO MAR’

“Sobrevive-se graças à rotina. Quando algo não vai bem, é melhor saber exatamente onde cada coisa está. Sem rotina, os pensamentos tropeçam um nos outros. Pensa-se em tudo ao mesmo tempo.” (p.10)

“Me perguntei se seria mesmo uma boa ideia, três meses totalmente sozinho no mar. E seria seguro? Eu tinha lido livros, relatos de velejadores solitários que voltavam diferentes do que quando partiram. Alguns tinham enlouquecido. Outros não conseguiam mais parar de velejar e nunca mais voltaram para casa.” (p.39)

“Comecei a gostar de estar sozinho. Das noites, das luzes, das horas frias entre a meia-noite e as quatro da manhã. O turno do cão. Das ancoragens nas baías sem outros barcos. Das conversas comigo mesmo e com meu veleiro.” (p.41)

“Dei o nome de Ishmael ao meu veleiro em homenagem ao personagem principal de Moby Dick. Ishmael é aquele que no final sobrevive a tudo. (…) Na minha opinião, Moby Dick é o livro mais bonito já escrito sobre um barco e sua tripulação. Por isso usei o nome.” (p.62)

“Durante três meses eu tinha buscado tranquilidade no mar. Mas não consegui realmente encontrar calma. As pessoas com que cruzei no caminho me faziam lembrar do pessoal do escritório. Todo porto e toda ilha estavam cheios de gente. Não tinha como escapar.” (p.68)

“Além disso, cada milha que eu velejava me levava para mais perto do mundo do qual eu fugira.” (p.68)

“Cada um leva consigo sua história, pensei. Ninguém é inteiramente ele mesmo.” (p.87)

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